Nossa vida é feita de desafios e obstáculos, e a resposta que damos a esses mesmos são aquilo que definem quem somos, a marca que deixamos. Haikyuu nos proporciona uma viagem estimulante entre os altos e baixos da vida, usando de um ambiente simples e sem muito se aprofundar em argumentos complexos em sua narrativa.
Mesmo assim, o anime passa a incrível sensação de que cada momento e decisão importa, nos levando a levantar da cadeira em momentos decisivos de uma partida. Se vocês não conhecem a franquia até agora, não se enganem estou falando de “apenas” um anime de Vôlei.
Haikyuu se passa na típica escola de ensino médio, que é um cenário clichê para muitos animes de temporada. Outrora, retrata muito bem o meio esportivo em que se encontra, um ambiente extremamente competitivo, porém ainda imaturo devido a idade de seus atletas.
Hinata Shouyo.
Hinata é um jogador de Vôlei peculiar, já que possui cerca de 1,60 M de altura. Com exceção dos líberos, atletas de voleibol são muito valorizados por sua altura, o que não desmotivou Hinata mas o fez perceber que para ter valor dentro das quadras precisaria se esforçar muito mais que os outros.
Hinata é um atacante, o que faz de seu progresso ainda mais dificultado, pois deve enfrentar nas alturas a defesa do time adversário.
Kageyama Tobio.
Se Hinata enfrentava dificuldades por ser baixo e tinha que dar duro para compensar isso, Kageyama era bom e arrogante demais para sua idade. Levantador, ele fazia passes com extrema habilidade e perícia, porém seus colegas de time não o acompanhavam.
Kageyama é bom no Vôlei, mas é péssimo em lidar com as pessoas. Seu maior dilema era como tratar um time que não o acompanhava, mesmo sendo o pilar de sustentação em uma partida.
Um toque humano de simplicidade.
Haikyuu não é envolvente puramente por sua premissa, ou por seu gênero esportivo, o anime conquista em quão humano são seus personagens e como eles se desenvolvem. Em um ambiente de juventude, ideal para a série, não se obtém todas as respostas da vida e nesse momento de nossa existência começamos a nos questionar sobre nossas próprias capacidades.
Haikyuu desenvolve de maneira exemplar os seus personagens, exibe suas fraquezas e dilemas internos para depois mostrar maneiras de responde-los. Todo o time de Karasuno passa por isso, exatamente como deveria ser qualquer um passando por sua adolescência, um conflito de forças onde o mais habilidoso se sobressai.
Mesmo assim, não se perde a humanidade no meio do processo, mesmo o mais habilidoso perde se ele não for o mais humano possível, sabendo não só lidar com seus próprios problemas, mas com os outros também. E essa é a magia por trás de Haikyuu, as aventuras da vida representadas pela animação.
Bem-aventurado quem tem a vida assim!
O charme principal do anime é essa conexão de problemas complexos permeando seus personagens. Cada um possui um fardo e para cada dilema pessoal existe um peso, uma contramedida que soluciona seu complexo.
É justamente por isso que nos simpatizamos, saber solucionar seus próprios problemas de cabeça erguida nos inspira e faz com que comecemos a movimentar nossas próprias vidas. Assim, Haikyuu se constrói como um anime de premissa simples com o qual criamos laços, fazendo com que vibremos como se os jogadores de Karasuno fossem nossos ídolos em quadra.
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