Pioneira desde sua criação (2006) a enfocar a preservação audiovisual, memória, história e a tratar o cinema como patrimônio, a CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto, realizou sua 16aedição, de 23 a 28 de junho. Ainda em formato digital, o mais recomendado para o cenário atual de pandemia do Covid-19, a Mostra ofereceu uma programação intensa, diversificada e gratuita que registrou alcance de mais de 85 mil acessos no site www.cineop.com.br (local do evento) vindos de 60 países em seis dias de evento e mais de 2 milhões de alcance nas redes sociais da Universo Produção.
Os conteúdos discutidos e produzidos nos debates, masterclasses internacionais e rodas de conversa realizadas durante o evento permanecem disponíveis para acesso do público no Canal do YouTube da Universo Produção, o que amplia as possibilidades de acesso e benefício da ação cultural – a principal vantagem de se realizar o evento no formato online.
“Missão cumprida é o sentimento que carrego ao encerrar mais uma edição da CineOP. Enquanto não podemos estar realizando o evento presencialmente, vamos trabalhando para que ele possa chegar ao maior número de pessoas no formato online, para que os filmes, ideias e pensamentos continuem circulando e que possamos manter a chama viva do cinema brasileiro em todas as suas vertentes de atuação. Gratidão é o outro sentimento que compartilho com todos que investiram, acreditaram e marcaram presença na programação do único evento dedicado à preservação, história e educação. Uma realização que nos dá a certeza de que estamos no caminho certo e, por isto, devemos continuar este caminho que representa a força da nossa cultura, das nossas tradições, que representa quem nós somos, o que queremos e o que devemos construir juntos”, destaca a coordenadora geral da CineOP e diretora da Universo Produção, Raquel Hallak.
A programação da 16aCineOP foi estruturada em três eixos centrais – Preservação, História e Educação. O tema central desta edição foi “Memórias entre diferentes tempos” e propôs refletir sobre os impasses dos últimos anos no cenário audiovisual brasileiro, agravados pela pandemia e pelas dificuldades de um governo que não trata a cultura como um setor de relevância, para compreender e ponderar formas de resistência.
Na programação foram exibidos 118 filmes em pré-estreias e mostras temáticas (32 longas, 6 médias e 80 curtas-metragens), vindos de 4 países – Brasil, Chile, Colômbia, Portugal e de 14 estados brasileiros – AC, BA, CE, GO, MG, MT, MS, PE, PR, RJ, RS, SC, SE, SP distribuídos em oito mostras – Contemporânea, Homenagem, Preservação, Histórica, Educação, Mostrinha, Valores e Cine-Escola.
As exibições foram realizadas por meio do site www.cineop.com.br, mas a produção reproduziu a estrutura do evento, com cada temática (Histórica, Preservação e Educação) contando com uma grade de filmes acompanhada de debates, comentários e outras atividades complementares que enriqueceram a experiência de participar da CineOP, mesmo à distância.
Além de filmes, o evento promoveu o 16o Encontro Nacional de Arquivos e Acervos Audiovisuais Brasileiros, o Encontro da Educação: XIII Fórum da Rede Kino, diálogos audiovisuais e rodas de conversa com a participação de 134 profissionais nacionais e internacionais no centro de 32 debates e rodas de conversa – profissionais do audiovisual, da educação, preservacionistas, técnicos, acadêmicos, críticos de cinema, pesquisadores e especialistas.
Foram oferecidas também seis oficinas que certificaram 200 alunos, cinco masterclasses internacionais, sessões cine-escola, Mostrinha de Cinema, Mostra Valores, Exposição Fotográfica Virtual “Meu Cartão Postal de Ouro Preto”, Performance Audiovisual, quatro shows, um espetáculo teatral e o lançamento de duas publicações “Declaração digital | Recomendações para digitalização, restauração, preservação digital e acesso” e do catálogo oficial do evento.
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