Com estreia marcada para o dia 3 de novembro, “Sinfonia de um homem comum”, dirigido por José Joffily, acaba de ganhar trailer e cartaz oficiais. O premiado documentário narra a história do diplomata José Mauricio Bustani, primeiro diretor-geral da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), entre 1997 e 2002, que tentou impedir a invasão ao Iraque pelos Estados Unidos, durante o governo de George W. Bush, e acabou demitido por pressão dos americanos. Convidado para o 35º Festival Internacional de Documentários de Amsterdã, o IDFA, mais importante festival de documentários do mundo, que ocorre entre os dias 9 e 20 de novembro, para competir na categoria Frontlight, o documentário já passou este ano pela 27ª edição do brasileiro É Tudo Verdade, onde recebeu menção honrosa, e para o HotDocs, no Canadá, principal festival de documentários da América do Norte. Entre os depoimentos apresentados no longa-metragem estão os dos ex-presidentes do Brasil Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva e dos diplomatas Celso Amorim, Richard Boucher e John Holmes. O filme é produzido pela Coevos Filmes em coprodução com Globo Filmes, GloboNews e Canal Brasil e distribuído pela Bretz Filmes.
Sediada na Holanda, a OPAQ, organização internacional independente afiliada à ONU, tinha como objetivo implementar a Convenção sobre a Proibição do Desenvolvimento, Armazenagem, Produção e Uso de Armas Químicas e sua Destruição. Bustani defendia a adesão do Iraque à OPAQ a fim de possibilitar as inspeções de armas no país, enquanto o então presidente George W. Bush afirmava que o país possuía armas de destruição em massa.
Após o 11 de setembro, o diplomata passou a ser pressionado pelo governo americano a renunciar ao cargo e, em 2002, os Estados Unidos lideraram uma assembleia para sua destituição. O Iraque foi invadido em 2003, as armas químicas nunca foram encontradas. No primeiro governo Lula, Bustani foi nomeado embaixador do Brasil na Inglaterra e, posteriormente, na França. Durante as filmagens de “Sinfonia de um Homem Comum”, o diplomata foi convidado a dar um depoimento sobre denúncias de inspetores da OPAQ, mas foi barrado pelos representantes de Washington, Londres, Paris e Berlim. Hoje, aposentado no Rio de Janeiro, longe do front, Bustani aprecia sua primeira paixão: a música.
Sinopse
O diplomata José Mauricio Bustani, primeiro diretor geral da OPAQ (Organização para a Proibição de Armas Químicas) tentou impedir a destruição do Iraque e, por pressão dos americanos, foi demitido. Hoje, decorridos 19 anos, situações semelhantes se repetem nos bastidores das organizações multilaterais.
Ficha Técnica
Direção: José Joffily
Produção: Isabel Joffily
Roteiro: David Meyer, Pedro Rossi, Jordana Berg e José Joffily
Direção de fotografia: Pedro Rossi
Montagem: Jordana Berg
Desenho de som: Felippe Mussel
Mixagem: Bernardo Adeodato
Trilha: Pedro Leal
Produção: Coevos Filmes
Coprodução: Globo Filmes, GloboNews, Canal Brasil
Distribuição: Bretz Filmes
Diretor | José Joffily
José Joffily dirigiu filmes de ficção e não ficção ao longo de sua carreira. Seus filmes já estiveram em festivais como IDFA, É Tudo Verdade, Havana, Berlin, Rotterdam, Guadalajara, entre outros. No Brasil, teve filmes premiados nos mais importantes festivais do país, como Brasília e Gramado. Seus últimos dois projetos são os documentários Caminho de Volta (2015) e Soldado Estrangeiro (2020). O primeiro conta a história de dois brasileiros que emigraram para o exterior e desejam voltar para a sua terra natal depois de anos no exílio. O segundo faz o caminho inverso, se aproximando de brasileiros que desejam sair do país para lutar em exércitos estrangeiros.
Produtora | Coevos Filmes
A Coevos Filmes foi fundada em 1981. Nos seus 40 anos de estrada, a empresa produziu obras para cinema e televisão. Seus filmes estiveram presentes e foram premiados em festivais nacionais e internacionais, como Brasília, Berlin, Havana, Rotterdam, Festival Internacional de Documentários de Amsterdã (IDFA), Visions du Réel, Guadalajara, Biarritz, entre outros. Seus últimos projetos de documentário são: Sinfonia de Um Homem Comum (2022), que ganhou Menção Honrosa no festival É Tudo Verdade e foi selecionado para os prestigiados festivais de documentários IDFA (Holanda) e Hot Docs (Canadá); Rubens Gerchman: O Rei do Mau Gosto (2022), exibido no festival É Tudo Verdade e em eventos de arte no MAM Rio de Janeiro, MAM São Paulo, Parque Lage e ArtRio. Em breve será exibido no festival ARCA International Film Festival, no Uruguai; e 7 Cortes de Cabelo no Congo, que ganhou prêmio de Melhor Filme Brasileiro no festival Olhar de Cinema e foi selecionado para os festivais DocLisboa e Festival do Rio.
Coprodutoras | Globo Filmes, GloboNews e Canal Brasil
A Globo Filmes, a GloboNews e o Canal Brasil assinam, juntos, a coprodução de diversos documentários, que transitam pelos mais diversos assuntos relacionados à cultura brasileira e que apresentam olhares únicos sobre personagens, épocas e fatos da nossa história. A parceria pretende fomentar a produção, a exibição e a divulgação de filmes do gênero, que ainda tem pouca visibilidade no mercado brasileiro, mas representa muito mais do que uma fonte de entretenimento: é essencial para a preservação da memória de uma nação. Juntos, Globo Filmes, GloboNews e Canal Brasil já investiram em mais de 40 documentários, entre eles “Libelu – Abaixo a Ditadura”, de Diógenes Muniz (vencedor do É Tudo Verdade de 2020); “Babenco – Alguém tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou”, de Bárbara Paz (premiado como melhor documentário sobre cinema da Venice Classics, mostra paralela do 76º Festival de Veneza em 2019); “Cine Marrocos”, de Ricardo Calil (vencedor do É Tudo Verdade 2019); “Barretão”, de Marcelo Santiago; “Henfil”, de Ângela Zoé (vencedor do Cine PE de 2018); “Menino 23”, de Belisário Franca (melhor doc do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro de 2017); “Tá Rindo de Quê”, de Claudio Manoel, Álvaro Campos e Alê Braga; “Fevereiros”, de Marcio Debellian; “Mussum – Um Filme do Cacildis”, de Susanna Lira; “Setenta”, de Emília Silveira (melhor doc da Mostra São Paulo de 2014). Atualmente, mais de 15 documentários estão em produção, em diferentes regiões do país.
Distribuidora | Bretz Filmes
A Bretz Filmes iniciou as atividades em 1990, atuando no mercado de vídeo como distribuidora e representante das principais empresas. Paralelamente, entre os anos de 2003 e 2011, Luiz Ernesto Mendes Bretz, seu fundador, atuou como diretor de distribuição na Videofilmes. Em 2011, a empresa iniciou sua atuação no mercado nacional e internacional, passando a adquirir títulos brasileiros e estrangeiros para distribuição própria em cinema, vídeo, televisão e VOD, especializando-se em documentários e filmes de autor e cinema independente, nacional e internacional, lançando títulos como: “Woody Allen”, “O Cavalo de Turim”, “Nostalgia da Luz” e “Another Year”. Mais recentemente, foram lançados os filmes “For Sama”, “Honeyland”, “Cézanne e eu”, “Gabriel e a montanha”, dentre outros.
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