O Rolé Carioca, em sua 11ª edição, chega ao segundo destino: o bairro de Realengo, localizado no subúrbio do Rio de Janeiro. O projeto busca promover uma nova relação entre os habitantes da cidade e a região, valorizando suas histórias e memórias, e contribuindo para elevar a autoestima dos moradores e oferecer uma perspectiva renovada sobre o subúrbio. A iniciativa tem como objetivo compartilhar, fortalecer e valorizar as memórias locais, além de despertar um olhar mais atento para lugares que geralmente passam despercebidos no cotidiano. O evento ocorrerá no dia 28 de maio, a partir das 10 horas, na Estação Realengo, com um ponto de encontro adicional na Central do Brasil para aqueles que desejarem pegar o trem das 8h50 e chegar junto ao bairro.
Isabel Seixas, a idealizadora do evento, expressa sua satisfação em realizar o Rolé Carioca em diferentes bairros, destacando a importância de Realengo como destino para o segundo passeio de 2023. Segundo ela, essa escolha reforça o compromisso do projeto em percorrer toda a cidade, contando histórias que são fundamentais para compreender a formação, identidade e memória do Rio de Janeiro.
O Rolé Carioca em Realengo abordará três temas principais: a ocupação das terras do bairro, a presença militar e o desenvolvimento urbano nos séculos XIX e XX, e os movimentos culturais contemporâneos. O roteiro inclui oito pontos históricos, como a Estação Realengo, a Escola Militar do Realengo, o Colégio Dom Pedro II, o Cine Theatro Realengo e o Viaduto do Realengo.
A professora Amanda destaca a importância de evitar generalizações ao pensar sobre o subúrbio, já que esses locais, muitas vezes distantes dos centros urbanos, são estigmatizados pela associação com a criminalidade. O Rolé Carioca busca contar a história de Realengo e sua relevância para a cidade, destacando-o como um lugar de resistência da cultura popular e suburbana, que teve um papel emblemático na luta pela democracia brasileira.
Realengo possui uma rica história na Música Popular Brasileira (MPB), sendo a canção “Aquele Abraço”, interpretada pelo cantor e compositor Jorge Ben Jor, um dos exemplos mais conhecidos. Além disso, o bairro simboliza a resistência contra a ditadura militar, tendo sido o local de detenção de Gilberto Gil durante o período de repressão. Outros artistas importantes associados à história do bairro incluem Mumuzinho, Robertinho Silva, Rafael Portugal e Diogo Defanti.
Atualmente, Realengo é parte da XXXIII Região Administrativa do Rio de Janeiro, juntamente com Campo dos Afonsos, Deodoro, Jardim Sulacap, Magalhães Bastos e Vila Militar, na Zona Oeste. De acordo com o Censo de 2010, é o quarto bairro mais populoso do município, com uma população de 180,1 mil habitantes.
Programação e roteiro detalhado:
- Estação Realengo;
- Campo de Marte;
- Escola Militar do Realengo;
- Coreto no Campo de Marte;
- Fábrica de Cartuchos de Realengo (atual Colégio Dom Pedro II);
- Fachada de comércio local;
- Capela Nossa Senhora da Conceição;
- Cine Theatro Realengo; e
- Viaduto do Realengo.
Serviço
Rolé visita Realengo
Gratuito, livre de inscrições
Data: 28/05
Horário: 10 HORAS
Ponto de encontro: Estação Realengo
Ponto de encontro extra: Central do Brasil 8h20 (grupo pegará o trem das 8h50)
Endereço: Praça Campo de Marte, s/n Realengo – Rio de Janeiro – RJ CEP 21.710-270
A edição de 2023 conta com o patrocínio da Petrobras e White Martins, e realização do Ministério da Cultura e do Governo Federal União e Reconstrução; patrocínio por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS, da Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura do Rio de Janeiro e copatrocínio da Estácio em parceria com o Instituto Yduqs, e da First RH Group.
Sobre Rolé Carioca
O Rolé é um projeto cultural que pesquisa, cataloga e difunde conteúdo sobre o patrimônio histórico e cultural do Rio de Janeiro. Com mais de 50 mil seguidores nas redes sociais, o Rolé tem a missão de formar um acervo multiplataforma sobre a história, cultura e memória da cidade, com ações que o apresentam em diferentes formatos, tais como passeios guiados por mais de 650 roteiros, banco de dados com mais de 500 pontos mapeados, canal de vídeos, site, jogo, aplicativo etc.
Criado em 2012 a partir de passeios presenciais por diferentes roteiros, contando histórias sobre o Rio e seus personagens, o Rolé adaptou sua programação ao momento de pandemia, para continuar a ouvir histórias de moradores e trazer reflexões sobre o espaço urbano, por meio de ações como o museu virtual Mapa de Memórias, o webseminário Papo de Rolé e a mostra de filmes CineCidades.
O projeto considera as dimensões sociais, culturais e naturais do Rio para construir plataformas práticas de difusão da memória da cidade: uma memória social, histórica e afetiva. Por sua metodologia e resultados, o Rolé Carioca foi um dos vencedores de 2019 do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, concedido pelo IPHAN a iniciativas de preservação e difusão do patrimônio histórico e cultural.
O canal de vídeos do Rolé está no ar e em constante crescimento, já tendo mais de 50 vídeos disponíveis sobre a história do Rio de Janeiro e ao longo do ano novos conteúdos serão lançados. O conteúdo é de utilidade para professores, alunos, moradores e turistas que querem descobrir mais sobre a cidade: (www.youtube.com/@RoleCarioca)
https://www.rolecarioca.com.br/ | https://www.instagram.com/rolecarioca/
Sobre o estúdio M’Baraká (UM-BA-RA-KÁ)
Criado há 17 anos por Isabel Seixas e Diogo Rezende, o estúdio M’Baraká desenvolve projetos múltiplos com profissionais de diversos segmentos e se destaca por sua metodologia, que envolve criação, pesquisa, planejamento estratégico e direção de arte. Desde 2013, a economista Larissa Victorio faz parte da sociedade. Os projetos do grupo são únicos, focados na criação de experiências relevantes, que geram conhecimento e valor para seus públicos.
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