Com patrocínio da Doritos na acessibilidade, que liderou ações para tornar o festival mais inclusivo, a edição deste ano reforçou o compromisso da Rock World em garantir que todas as pessoas, independentemente de suas condições, pudessem aproveitar a experiência com segurança e conforto.
Estrutura e recursos
A estrutura do festival foi ampliada e aprimorada com o objetivo de melhorar a experiência do público com deficiência. Entre as principais inovações, destaca-se a criação da sala sensorial, projetada para atender pessoas com autismo e outros transtornos neuro divergentes. “Essa sala não só possui equipamentos adaptados, como também conta com a presença de terapeutas ocupacionais para oferecer suporte. Ela já ajudou pessoas com autismo e até algumas com crises de pânico durante o evento”, explica Thiago Amaral coordenador de Pluralidade da Rock World .
Outra inovação foi o kit sensorial que foi implementada no The Town pela primeira vez e agora no Rock in Rio, com empréstimo gratuitamente para aqueles que precisavam de proteção contra estímulos visuais e sonoros excessivos. Com itens como óculos escuros e protetores auriculares, o kit foi pensado para proporcionar maior conforto e tranquilidade em meio à intensidade do festival.
A ampliação das plataformas de acessibilidade nos Palcos Mundo e Sunset também foi um destaque. Agora, com dois níveis, as áreas garantiram que tanto pessoas em cadeira de rodas quanto aquelas com outras deficiências pudessem assistir aos shows com mais conforto e segurança. “Esse novo formato resolveu um problema que vínhamos enfrentando: pessoas com deficiência que podem ficar de pé acabavam ocupando o espaço de quem realmente precisa de uma cadeira de rodas. Agora, cada um tem seu espaço apropriado, o que aumenta o conforto para todos”, Thiago Amaral coordenador de Pluralidade da Rock World .
Patrocínio da Doritos e Inclusão
A Doritos, uma das patrocinadoras oficiais do festival, desempenhou um papel central na acessibilidade deste ano. A marca, que há tempos se posiciona como apoiadora da diversidade e inclusão, ampliou seus esforços para garantir que o Rock in Rio 2024 fosse uma experiência acessível para todos. Em comunicado oficial, a empresa destacou que “acreditar em um mundo mais acessível é parte fundamental de nossa missão, e patrocinar a acessibilidade do Rock in Rio é uma maneira de transformar essa visão em realidade.”
A empresa patrocinou toda a operação de acessibilidade, investindo em diversas ações, desde a instalação de rampas, interpretes de libras, Audio descritores fornecidos pela empresa All Dub, os famosos triciclos elétricos da Kit Livre entre outras ações.
Entre os artistas e influenciadores que participaram do evento, Pequena Lô, humorista e ativista da acessibilidade, também compartilhou sua visão sobre a acessibilidade do festival.
“Então, este ano eu achei bem melhor que 2022. É meu segundo ano no Rock in Rio; meu primeiro foi em 2022, quando tive algumas experiências, e agora estou novamente trabalhando. Pelo que estou vivendo e pelos lugares que estou frequentando, posso ver claramente a mudança de 2022 para cá. Tenho contato direto com as pessoas que trabalham com acessibilidade, e isso é legal porque tenho liberdade para falar, perguntar e até dar sugestões. Por exemplo, posso chegar e dizer: ‘Olha, poderia mudar isso ou aquilo’. Eu sei que a intenção, sempre que conversamos, é tornar o festival 100% acessível até 2030. Isso é muito legal, e tomara que consigam, porque é muito difícil. Sabemos que não depende só da equipe, mas de um esforço conjunto. A tendência é que todos os lugares se tornem acessíveis, porque muitas pessoas acham que acessibilidade é só para quem tem deficiência, e não é. Eles colocam isso em uma caixinha, e não é assim! Acessibilidade beneficia todo mundo: idosos, crianças, gestantes. Acaba sendo algo que facilita a locomoção de todos. Eu fico muito feliz em ver que, a cada ano que passa, o festival se torna mais acessível.”
Melhorias para as próximas edições
Embora o festival tenha sido um sucesso em termos de acessibilidade, a Rock World reconheceu que há sempre espaço para melhorias. “Tivemos um retorno muito positivo do público, mas estamos sempre ouvindo as críticas para aprimorar ainda mais. O pré-cadastro para filas especiais, por exemplo, não teve a adesão que esperávamos, então esse é um ponto que vamos avaliar para o próximo ano”, Thiago Amaral coordenador de Pluralidade da Rock World .
O compromisso da organização é continuar refinando suas soluções de acessibilidade, assegurando que cada edição futura seja ainda mais inclusiva. “Nosso desafio é sempre melhorar. Mesmo com um público de 100 mil pessoas por dia, buscamos garantir que todos possam curtir o festival de maneira confortável e segura”, concluiu.
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