Com a presença de convidados incríveis, o painel trouxe à tona as experiências e desafios enfrentados por cosplayers com deficiência, mostrando como o cosplay pode ser uma ferramenta poderosa de expressão e pertencimento para todos, independentemente de suas limitações.
No painel Cosplay PCD: Espaço para Todos, participaram Gabriel Machadinho, que possui deficiência física; Fox Ferreira, que enfrenta a fibromialgia; e os autistas Pedro Alcântara e Vicky Hope. Cada um compartilhou suas trajetórias únicas e a maneira como o cosplay se entrelaçou com suas vivências
Vicky Hope, que faz cosplay desde a infância, compartilhou com o público como a prática foi importante para ela, especialmente após receber o diagnóstico de autismo já na vida adulta. Para Vicky, o cosplay não é apenas uma forma de diversão, mas também um meio de entender e expressar sua identidade de maneira mais completa. Ela destacou como a comunidade cosplay foi um espaço de acolhimento, onde encontrou pessoas que compartilham experiências semelhantes, contribuindo para sua autocompreensão e aceitação.
Fox Ferreira, por sua vez, falou sobre sua convivência com a fibromialgia e as semelhanças com outras pessoas neurodivergentes. Ela afirmou que o cosplay se tornou uma forma de se conectar com outras pessoas, especialmente com aquelas que têm condições que muitas vezes não são visíveis, mas que impactam profundamente a vida cotidiana.
Gabriel Machadinho, que tem deficiência física, contou como começou a fazer cosplay recentemente, contando com o apoio e incentivo de sua namorada.
Pedro Alcântara, também autista, abordou sua experiência como dublador e ator e como o cosplay, para ele, se tornou muito mais do que um simples hobby. Para Alcântara, o cosplay é uma forma de expressão e uma maneira de dialogar com diferentes públicos, algo que transcende o lazer e se torna uma atividade de autoconhecimento e afirmação. Ele compartilhou como os desafios de criar e interpretar um personagem no universo do cosplay são amplificados pela experiência de viver com autismo, mas também como isso contribui para a construção de uma identidade única.
O painel foi um momento de reflexão e troca de experiências, mostrando que o universo do cosplay não é só para aqueles que atendem ao “padrão”, mas para todos aqueles que têm a vontade de se expressar, seja qual for sua condição física ou mental. A inclusão, como mostraram os participantes, é essencial para criar uma comunidade ainda mais rica e diversificada, onde cada pessoa pode se sentir representada e valorizada.
O painel Cosplay PCD: Espaço para Todos reafirmou a ideia de que o cosplay é uma prática de todos, um verdadeiro reflexo da diversidade humana. A CCXP, ao promover debates como esse, se fortalece como um evento não só de entretenimento, mas também de transformação social.
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