A oitiva, que contou com a participação de Felipe Neto, reuniu lideranças e especialistas para debater os desafios do discurso de ódio no Brasil e seu impacto na democracia.
Estiveram presentes nomes como o Babalawô Ivanir dos Santos, professor e pesquisador da UFRJ, Otávio Costa, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Vanja Andrea dos Santos, presidenta da União Brasileira de Mulheres (UBM), Marina Dermmam, presidente do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), entre outros. A roda de diálogo foi marcada por discussões sobre a necessidade de fortalecer os direitos humanos em tempos de intensa polarização e ataques virtuais.
A experiência de Felipe Neto: da internet ao ativismo
Felipe Neto compartilhou sua vivência pessoal sobre os desafios de ser uma figura pública que se posiciona politicamente. O influenciador destacou as inúmeras ameaças que ele e sua família têm enfrentado, incluindo bullying, fake news e invasões de privacidade. “Cheguei a tirar minha mãe do país por questões de segurança”, revelou durante o evento.
Com mais de 46 milhões de inscritos no YouTube, Felipe é uma das figuras mais influentes da internet brasileira, mas sua visibilidade também o tornou alvo constante de campanhas de desinformação. Recentemente, peças falsas começaram a circular nas redes, atribuindo a ele listas de preços comparativas entre os governos Bolsonaro e Lula. O episódio reforça os impactos nocivos da desinformação, tema central da oitiva.
Reflexões sobre discurso de ódio e sociedade democrática
Os participantes destacaram a importância de compreender o que caracteriza o discurso de ódio e seus efeitos sobre a sociedade democrática. O professor Ivanir dos Santos enfatizou:
“É urgente reconhecermos os danos do discurso de ódio. A desinformação, ou fake news, é um dos maiores desafios para a sociedade global.”
Felipe Neto complementou, ressaltando o papel das redes sociais:
“A internet pode ser um palco de ataques, mas também uma ferramenta poderosa para construir uma sociedade mais justa e inclusiva. Precisamos de um ambiente virtual seguro e que promova debates construtivos.”
Reconhecimento e engajamento
Apesar do tom sério das discussões, Felipe demonstrou confiança durante o evento. Após a roda de diálogo, atendeu fãs, posou para fotos e autografou exemplares de seu livro, reforçando sua conexão com o público.
A audiência pública não apenas marcou o Dia Internacional dos Direitos Humanos, mas também serviu como um espaço para refletir sobre a responsabilidade de figuras públicas e instituições na construção de um ambiente democrático que combata a desinformação e promova o respeito aos direitos fundamentais.
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