Por Richard R. Moura. Smash Bro!
No final da década de 1950, a Marvel Comics ainda era uma pequena editora tentando sobreviver no competitivo mercado de quadrinhos. Enquanto a DC Comics colhia os frutos do sucesso da Liga da Justiça, Martin Goodman, dono da Marvel, pediu a um desanimado Stan Lee que criasse uma resposta à altura.
Cansado do padrão repetitivo de super-heróis e prestes a abandonar a carreira, Stan ouviu um conselho decisivo de sua esposa, Joan: “Se vai sair, então escreva algo do seu jeito.” Foi a fagulha que iniciou uma revolução.
Ao lado do lendário desenhista Jack Kirby, Stan não criou apenas super-heróis. Criou uma família disfuncional e real, com falhas, conflitos e emoções palpáveis. Um grupo sem máscaras, com discussões internas, e um elo emocional raramente visto nos quadrinhos até então. O líder, Reed Richards o Sr. Fantástico — era brilhante, mas egocêntrico. Sua noiva, Sue Storm, a Garota Invisível, não era coadjuvante, mas pilar da equipe. Johnny, o irmão mais novo, era impulsivo e flamejante, literalmente. E Ben Grimm, a Coisa, era a força bruta com um coração partido.
Essa inovação visual e narrativa, estruturada pelo “Método Marvel” onde arte e roteiro nasciam em parceria tornou-se padrão por décadas. O impacto? Foi o primeiro passo para a criação de figuras como Homem-Aranha, X-Men, Demolidor e Vingadores. O Quarteto Fantástico não apenas marcou o nascimento da Marvel moderna: pavimentou seu caminho para a eternidade.
Discussion about this post