Ela divide opiniões por abordar assuntos polêmicos, hoje iremos falar sobre Sex Education, uma série original da Netflix que foi estreada 11 de janeiro de 2019, e que recentemente foi adicionada uma nova temporada no dia 17 de janeiro. Traz como tema diversos problemas enfrentados pelos jovens sejam eles sexuais, sentimentais e até mesmo familiares.
Eu particularmente gostei bastante da segunda temporada assim como gostei da primeira, por simplesmente eles obordarem os conflitos presentes na vida de um adolescente de uma forma natural, sem tabu, meio que dando cara a tapa, se assim posso dizer.
Um assunto que me chamou bastante a atenção foi a questão do assédio, quando Aimee Gibbs ( Aimee Lou Wood) entra em um ônibus com um bolo de aniversário que fez para Meave Wiley ( Emma Mackey) e é abusada sexualmente, assustada com a situação ela entra em desespero, desce do ônibus e continua o restante do caminho a pé, ao chegar na escola, Meave Wiley ( Emma Mackey) descobre o que houve com a amiga, decide na mesma hora ir na delegacia fazer um boletim de ocorrência e coletar uma amostra do sêmen que estava na calça.
Ao decorrer da série notamos algumas mudanças no comportamento de Aimee Gibbs ( Aimee Lou Wood), ela começa a ter alucinações com o molestador, gera um bloqueio com qualquer tipo de contato físico com um homem e não consegue mais pegar o transporte público, só depois de um tempo ela conta como se sente e recebe total apoio de suas colegas, conseguindo superar aos poucos o trauma vivido.
Na vida real, é fato que todas as mulheres em algum momento de sua vida sofreram algum tipo de abuso sexual/assédio, na série foi abordado apenas um dos casos, que é no transporte público, mas sabemos que não existe hora e nem local definido para isso acontecer.
O que mais me chamou a atenção foi o momento em que elas vão na delegacia, a atenção que recebem, a forma que são tratadas, como eu queria que esse tipo de tratamento também ocorresse no dia a dia, no máximo contamos para uma pessoa de confiança, poucas são as que fazem denuncia, até mesmo pelo fato de muitas das vezes não ter como saber quem é o molestador, de não ter provas, ser a palavra de um contra a do outro, ou simplesmente não querer passar pelo constrangimento novamente de ter que contar o que ocorreu para pessoas desconhecidas.
Algumas mulheres conseguem ter algum tipo de reação, tomar alguma atitude, já outras ficam com cicatrizes que em alguns casos não tem cura, vão levar para o resto da vida.
Como eu disse anteriormente, gostei bastante da segunda temporada, ela aborda outros assuntos além do assédio, vale muito a pena ver.
Se você passou por algum tipo de abuso, tem algum trauma e não se sente a vontade de falar sobre isso com ninguém, independente de ter sido assédio ou não, ligue para o número 188 (CVV), eles oferecem apoio emocional e prevenção ao suicídio, é gratuito, o atendimento é feito por 24h sob total sigilo e funciona todos os dias.
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