Terminaram as filmagens do longa “Tia Virgínia”, protagonizado por Vera Holtz, Arlete Salles e Louise Cardoso. Holtz dá vida à personagem título, uma mulher de 70 anos, que nunca se casou e nem teve filhos. Convencida pelas irmãs Vanda e Valquíria (vividas por Arlete Salles e Louise Cardoso), Virgínia mudou-se de cidade para cuidar da mãe idosa.
“Esse tema de família e de pertencimento me agrada bastante. O filme traz um acúmulo de histórias, de vivências dentro do núcleo familiar. A Virgínia, minha personagem, está bem estressada, chateada e arrependida de ter deixado de lado a vida que ela acha que poderia ter vivido. Com a chegada das irmãs, ela dá uma descompensada”, releva Vera Holtz.
O filme se passa em um único dia, quando a família se encontra para celebrar o Natal após a morte do patriarca. A direção e o roteiro são do premiado Fabio Meira (“As Duas Irenes”) e a produção, da Roseira Filmes (de Fabio Meira) e da Kinossaurus (produtora de Ruy Guerra e de Janaina Diniz).
“Costumo dizer que ‘As duas Irenes’ nasceu de histórias que escutei da minha família, já ‘Tia Virgínia’ surge de histórias que vi de muito perto, sobre a relação da minha tia solteira, que cuidou dos meus avós no fim da vida, com minha mãe e as outras irmãs. É um filme sobre irmãs na maturidade, sobre afetos e rancores que não se transformam com o tempo. Precisamos falar sobre família e sobre essa geração de mulheres que atravessou diferentes faces da sociedade e tem se reinventado constantemente. As personagens foram construídas a partir das minhas próprias tias, mas também de inspirações de personagens clássicas do teatro e do cinema.”, conta Fabio Meira.
No elenco estão também Antonio Pitanga, Amanda Lyra, Daniela Fontan, Iuri Saraiva e Vera Valdez.
A previsão de lançamento é para 2021, pela distribuidora Pagu Pictures.
“As filmagens foram muito instigantes com o Fabio Meira, que procurou nos estimular e nos desafiar a cada plano. É uma busca minuciosa da essência dessas três mulheres tão diferentes entre si, apesar de terem crescido na mesma casa. É um mergulho profundo no mundo feminino e no interior desses personagens tão ricos e tão familiares de todos nós”, conta Louise Cardoso.
“Cinema é um trabalho árduo, artesanal. Deixei Fabio me levar. Ele dirige com uma incansável busca pela perfeição e um inegável talento e sensibilidade. Com sua equipe maravilhosa, com certeza ele está realizando um belo filme”, acrescenta Arlete Salles.
Janaina Diniz assina a produção ao lado de Fabio. Os dois se conheceram nas filmagens de “O Veneno da Madrugada”, de Ruy Guerra, em 2004.
“Fabio foi um assistente maravilhoso no Veneno da Madrugada em 2004. Era sua primeira experiência profissional mas parecia já familiarizado com tudo que na realidade era muito novo pra ele naquela época. Dali pra frente, para além dos trabalhos em que estivemos juntos, ele se tornou parte da minha família e, desde que me aventurei a produzir e Fabio, a dirigir, naturalmente surgiu nosso desejo de sermos parceiros de projeto. Tenho orgulho enorme a cada uma das conquistas de Fabio, do talento que ele tem, e também da dedicação e profissionalismo. Agora, me orgulho de termos realizado as filmagens “Tia Virginia” com a delicadeza que o filme pedia, e que nós queríamos que estivesse impressa nas telas – sei que estará”, diz Janaina.
“Ruy Guerra é muito especial para mim. Foi meu professor na Escola Internacional de Cinema de Cuba, me tirou da sala de aula e me levou para fazer meu primeiro filme. Janaina Diniz era minha chefe, a primeira assistente de direção e me ensinou muito. Eles me ensinaram que cinema é uma família. E cá estamos, eu e Janaina, fazendo um filme sobre família”, comemora o diretor.
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