Rampas de acesso, elevadores, vagas em estacionamento prioritárias entre outras ações para tornar o mundo mais acessível e realmente o torna, são medidas que por si só mudam nossas vidas? Acessibilidade é só isso?
O que é acessibilidade
Segundo a LEI No 10.098, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000.
Art. 2o Para os fins desta Lei são estabelecidas as seguintes definições:
I – acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
II – barreiras: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou impeça a participação social da pessoa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de expressão, à comunicação, ao acesso à informação, à compreensão, à circulação com segurança, entre outros, classificadas em: (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
Definição bonita, não? agora me respondam, só no Brasil até o ano de 2012 o número de pessoas que portam necessidades especiais ultrapassava os 42 milhões, com diversas necessidades além das mais “comuns” (cadeirantes, surdos e cegos) o mundo é acessível para todos nós? A população está preparada para ser acessível a todos nós?
O dia a dia de um PCD não aparente
Insuficiência Renal, Diabetes e Autismo por não ser nada aparente, tornam viagens de ônibus um martírio, a falta de informação das pessoas sobre minhas deficiências desde sempre me deixa em saia justa em situações quando eu vagando pelo banquinho amarelo preferencial as pessoas ficam me olhando torto, chegando ao ponto de falar desaforos e me cutucar para sair do banco “do idoso”, a mais recente foi até bem decepcionante, uma professora da UFRJ me deu um tapa no ombro, falou sobre falta de educação do Brasileiro e me chamou de escória da humanidade, sem nem ao menos ver meu comprovante de necessidades especiais que aprendi na marra a andar no pescoço ao utilizar os bancos amarelos;
Há grande necessidade de medidas sócio educativas para a população entender que não depende só dos chefes de estado não deixar a inclusão ser algo seletivo.
Assista ao vídeo explicativo sobre a importância da acessibilidade.
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