Um estudo recente, divulgado pela empresa global de consultoria de gestão Accenture, aponta que a cultura de igualdade e diversidade no lugar de trabalho é fundamental para a multiplicação de iniciativas em benefício da inovação e do crescimento no ambiente organizacional. A pesquisa, chamada Getting to Equal 2019, mostra que a mentalidade de inovação dos funcionários, como a disposição e a capacidade de ter ideias inovadoras é quase cinco vezes maior em empresas com uma cultura de igualdade desenvolvida.
Caminhando nesta direção, a multinacional Japan Tobacco International (JTI) criou, em 2015 no Brasil, um Comitê de Diversidade e Inclusão para auxiliar a empresa com ações que dizem respeito à pauta. A iniciativa, pioneira entre as unidades da empresa no mundo, surgiu em Santa Cruz do Sul, a 153km da capital do Rio Grande do Sul e tem como principal objetivo manter viva a agenda de diversidade e inclusão da empresa.
Atualmente o Comitê é formado por dez colaboradores de diversas áreas que se voluntariaram para fazer parte do projeto. Entre os temas discutidos estão equidade de gênero, etnia, orientação sexual, inclusão de pessoas com deficiência (PCDs), diferentes formas de trabalho, além do debate sobre inúmeras maneiras de pensar e agir.
Para Paulo Saath, Leaf Supply Vice President da JTI, a existência do Comitê de Diversidade e Inclusão no Brasil vem ao encontro de um posicionamento global cada vez mais forte da empresa, que tem como objetivo fazer valer das diferenças para atingir as metas de liderança no setor. “A rede global de colaboradores da JTI será cada vez mais rica e complexa em termos de diversidade, equilíbrio geográfico, grupos etários, habilidades e ambições de carreira. Nossa cultura continuará sendo uma força competitiva, mas suficientemente flexível, inclusiva e gerida de maneiras criativas para atrair e engajar o maior número possível de talentos”, explica.
O papel de cada um é fazer a sua parte
Aline Dias é Analista de Qualidade Técnica da JTI e faz parte do Comitê de Diversidade e Inclusão desde junho de 2018. A colaboradora relata que a experiência está sendo muito positiva e percebe que o tema tem ganhado força na organização. “Entrei para o Comitê porque quero um mundo em que as pessoas possam viver e alcançar seus sonhos sendo elas mesmas e que todos compreendam a riqueza e a beleza da diversidade de cada um”, comenta.
Segundo Ana Paula Freymuth, especialista em Aquisição de Talentos e Employer Branding da JTI, o Comitê fechou as ações que serão executadas no próximo ano. “Entre as ações elaboradas estão inclusas desde mensurar indicadores internos de diversidade, até realizar palestras de engajamento dos colaboradores e dinâmicas dentro dos setores para conscientização sobre a pauta”, conta.
A pesquisa Getting to Equal 2019 mostra também que um ambiente empoderado é o fator mais importante para impulsionar uma mentalidade inovadora. E para Ana, a principal mudança dentro da empresa desde a criação da iniciativa foi o mindset dos colaboradores, que se mostra cada dia mais inclusivo e inovador. “A mudança no pensamento está fazendo com que se deixe de lado preconceitos que muitas vezes trazemos de berço. Mas é claro que temos um longo caminho para percorrer. Esta é uma pauta importante para a organização”, afirma.
Segundo Saath, a iniciativa vai além de um espaço de aprendizagem para a rede de colaboradores envolvidos. O papel do Comitê pode ser visto também como um diferencial competitivo tanto na atração de novos talentos como um agente de transformação e inovação. “O objetivo é estarmos sempre atentos às oportunidades de integrar o tema às estratégias da empresa”, acrescenta.
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