Agatha, de seis anos, e Alice, de quatro, são duas meninas que amam contos de princesas. Um dia, Agatha voltou da escola triste e pensativa. Lá, ela escutou que não poderia ser uma princesa, já que não tinha o cabelo liso e loiro. Esperta e curiosa, a pequena perguntou para a mãe: “Por que ela tinha os cabelos cacheados e por que não poderia ser como as personagens dos contos?
Claudia Kalhoefer não se contentou em apenas explicar o motivo também escreveu o livro infantil As Princesas Encaracoladas, para empoderar várias outras crianças a se amarem do jeito que são e respeitarem umas as outras.
Claudia sentiu a necessidade de empoderar suas meninas porque não queria que elas passassem pelo que passou na infância. Ela sofreu bullying na idade escolar por causa do cabelo e pediu para a mãe que alisasse as madeixas. Durante mais de 30 anos, utilizou vários métodos para deixar os cabelos lisos. Ao se deparar com o drama semelhante das filhas resolveu que era a hora de educar pelo exemplo e iniciou sua transição capilar.
Acho que você também deve se amar do jeitinho que é. Com sua cor de pele, os traços do seu rosto e do seu corpo e com a beleza que seu cabelo tem. Não existe cabelo mais feio ou mais bonito. Muito menos cabelo bom ou ruim. (As Princesas Encaracoladas, p. 19)
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